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Fermentação Activid/Enzimática
Fermentação Activid/Enzimática
Microorganismos e Indústria Alimentar; Fermentação; Actividade Enzimática
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a produção de certos alimentos com características específicas, como resultado de processos de fermentação;
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a deterioração dos alimentos, que se tornam impróprios para consumo humano, como resultado da utilização dos nutrientes para o crescimento dos próprios microorganismos.
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utilização de microorganismos na produção de certos alimentos, por fermentação;
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utilização de microorganismos como fonte de enzimas para o processamento de alimentos;
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desenvolvimento e aperfeiçoamento de métodos de conservação de alimentos que retardam a sua deterioração devido à actividade de microorganismos ou outros factores;
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desenvolvimento de técnicas de melhoramento de alimentos ou de produção de novos alimentos.
Fermentação
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Fermentação – processo anaeróbio em que ocorre a produção de ATP, a partir de compostos orgânicos, numa série de reacções redox, que não envolvem uma cadeia transportadora de electrões. A fermentação envolve menores ganhos energéticos já que apenas se formam 2 moléculas de ATP por molécula de glicose, enquanto que na respiraçãoaeróbia se formam 36 ATP.
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Etapas da fermentação:
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Glicólise: a glicose é oxidada e formam-se duas moléculas de ácido pirúvico. O agente oxidante é o NAD que é transformado em NADH. O saldo energético é de duas moléculas de ATP.
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Redução do ácido pirúvico: o ácido pirúvico, ou moléculas orgânicas que se formam a partir dele, são aceptoras dos electrões do NADH, o que permite regenerar o NAD . O NAD pode, assim, voltar a ser utilizado na oxidação da glicose com formação de 2 ATP. Os produtos finais da fermentação dependem da molécula orgânica que é produzida a partir do ácido pirúvico.
Tipo de Fermentação/Principais Características
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Utilização na Produção de Alimentos
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Fermentação alcoólica:
- É realizada por leveduras;
- O ácido pirúvico é convertido em etanol e CO2 em duas etapas:
1ª - O ácido pirúvico é descarboxilado e forma-se acetaldeído;
2ª - O acetaldeído é reduzido pelo NADH a etanol.
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Pão:
- A fermentação é realizada pela levedura Saccharomyces cerevisiae e a temperatura favorável é de 27ºC.
- O amido da farinha é hidrolisado em açucares simples e posteriormente transformado em CO2 e etanol. O CO2 é o produto desejado, uma vez que faz crescer a massa, dando ao pão uma textura porosa.
- A fermentação inicia-se com a adição das leveduras (fermento de padeiro) e termina quando o calor do forno as mata. O calor provoca a expansão do gás, a evaporação do álcool e dá estrutura ao pão.
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Vinho:
- A fermentação do açucar de uvas é realizada por leveduras, principalmente do tipo Saccharomyces cerevisiae, que existem na casca das uvas.
- As uvas são colhidas, esmagadas e tratadas com compostos de enxofre, que inibem o crescimento de microorganismos competidores das leveduras. As uvas esmagadas formam o most, que inicialmente é mexido para provocar a aerificação e o crescimento das leveduras; posteriormente, é deixado em repouso, o que cria condições anaeróbias favoráveis à fermentação.
- O CO2 liberta-se para a atmosfera no decurso da fermentação (o vinho ferve) e a concentração de etanol, que é o produto desejado, vai aumentando. O etanol torna-se toxico para as leveduras quando atinge uma concentração de cerca de 12% e a fermentação termina.
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Cerveja:
- É fabricada com malte (grãos de cevada germinados e secos), outros materiais ricos em amido (como arroz, milho ou sorgo), lúpulo, água e leveduras das espécies Saccharomyces cerevisiae ou Saccharomyces carlsbergensis.
- Antes de iniciar a fermentação provoca-se a sacarificação (produção de açucares simples a partir do amido) na mistura de cereais. Durante a fermentação, as leveduras convertem os açucares em etanol e CO2 e pequenas quantidades de glicerol e ácido acético. O CO2 é libertado e o álcool atinge uma concentração de cerca de 3,8% do volume.
- Após a fermentação, a cerveja é armazenada durante alguns meses, durante os quais ocorre a precipitação de leveduras, proteínas e outras substâncias indesejáveis. Por fim, a cerveja é carbonatada, clarificada, filtrada e engarrafada.
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Fermentação Láctica:
O ácido pirúvico é directamente reduzido a ácido láctico pelo NADH.
A fermentação homoláctica produz grandes quantidades de ácido láctico.
A fermentação heteroláctica leva à produção de outras substâncias, para além do ácido láctico, como CO2, etanol e ácido acético.
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Queijo:
Vários tipos de queijo são produzidos por fermentação levada a cabo por diferentes espécies de bactérias pertencentes aos géneros Propionibacterium, Lactobacillus, Streptococcus e Leuconostoc, em culturas puras ou mistas. As bactérias produzem ácido láctico e outras substâncias que contribuem para o aroma. O aumento da acidez provoca a coagulação das proteínas do leite.
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Iogurte:
Produzido por uma cultura mista de Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus termophilus.
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Outros produtos lácticos fermentados:
- Leites fermentados como Kefir e Kumiss.
- Alimentos probióticos fermentados por bifidobactérias e Lactobacillus casei imunitass.
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Fermentação acética:
É assim designada devido às características do produto obtido, no entanto, não é uma fermentação, mas uma oxidação.
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Vinagre:
-É obtido a partir de materiais contendo açucar ou amido, como sumo de fruta, vinho ou cereais.
- A sua produção compreende duas etapas:
1ª – Fermentação do açucar que é convertido em etanol – processo anaeróbio realizado por leveduras.
2ª – Oxidação do etanol a ácido acético. Reacção aeróbia realizada por bactérias acéticas dos géneros Acetobacter e Glucanobacter.
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Actividade Enzimática
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Catabolismo – moléculas complexas são convertidas em moléculas mais simples, com libertação de energia.
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Anabolismo – síntese de moléculas complexas a partir de moléculas simples, com gasto de energia.
As reacções de catabolismo e anabolismo relacionam-se de tal forma que a energia libertada pelas primeiras é utilizada nas segundas.
A absorção de energia torna as moléculas dos reagentes instáveis, aumenta a sua energia cinética e a probabilidade de colidirem e aumenta a agitação dos átomos, enfraquecendo as ligações entre eles; atinge-se um estado de transição a partir do qual a reacção química é iniciada.
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Nas células, ocorrem reacções químicas que envolvem moléculas muito estáveis e cuja Ea é elevada. No entanto, não pode ser o calor a fornecer a Ea, uma vez que causaria a desnaturação das proteínas e a morte celular, e as reacções têm de ser rápidas.
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Uma reacção não catalisada depende do choque aleatório entre os reagentes. Como uma enzima possui uma estrutura muito específica pode ligar-se ao substrato e diminuir a aleatoriedade.
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As células possuem catalizadores – agentes químicos capazes de acelerar as reacções químicas sem serem consumidos durante esse processo.
Estrutura e propriedades das enzimas
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aumentam a velocidade das reacções químicas, pois diminuem a energia de activação necessária para que as reacções se iniciem;
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não são consumidas nas reacções químicas que catalizam;
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são moléculas proteícas, com conformação tridimensional. Algumas necessitam de elementos não proteícos para a sua acção catalítica;
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são específicas, devido à sua natureza proteíca.
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Na ausência de enzimas, as reacções ocorreriam, mas com velocidades inferiores, o que não suportaria as propriedades da vida como a conhecemos.
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A molécula sobre a qual a enzima actua é o substrato.
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As enzimas são proteínas com uma conformação tridimensional e possuem uma região através da qual se estabelece a ligação ao substrato – centro activo.
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A ligação do substrato ao centro activo da enzima forma o complexo enzima-substrato. As ligações que se estabelecem no complexo são fracas, mas suficientes para desencadear a conversão do substrato em produtos. Os produtos deixam o centro activo e a enzima fica livre para catalizar a transformação de outro substrato.
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É uma pequena porção da enzima;
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Tem estrutura tridimensional. A alteração da estrutura própria do local activo produz inactivação enzimática, em consequência da desnaturação proteíca;
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Os substratos ligam-se ao local activo por ligações químicas.
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Os locais activos são fendas ou frestas, onde se cria um microambiente próprio para o mecanismo de catálise.
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São altamente específicos. O substrato deve ter uma estrutura complementar para se ajustar ao local activo.
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Muitas enzimas provocam a quebra de ligações nos substratos, enquanto outras promovem a formação de ligações, pois conseguem aproximar correctamente os substratos de modo a que estes reajam e formem uma ligação.
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a diminuição da concentração do substrato;
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a diminuição, seguida de estabilização, da concentração de enzima livre;
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o aumento, seguido de estabilização, do complexo enzima-substrato;
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o aumento da concentração de produto.
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A especificidade absoluta pode ser interpretada pelo modelo chave-fechadura, proposto por Fisher no final do século XIX, e que considera o centro activo da enzima uma estrutura rígida e pré-complementar do substrato.
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Em 1959, Koshland propôs o modelo de encaixe induzido, que considera que o centro activo da enzima interage, de uma forma dinâmica, com o substrato, ajustando-se a ele quando se estabelece a ligação. Este novo modelo permitiu explicar a especificidade relativa de algumas enzimas.
Inibição Enzimática
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natural – utilizado pelas células para regularem o seu metabolismo.
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artificial – usado para combater doenças, eliminar pestes, estudar laboratorialmente as enzimas, indústria alimentar...
Tipos de inibição enzimática:
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Inibição irreversível – o inibidor combina-se permanentemente com a enzima, através de ligações covalentes, tornando-a inactiva ou provocando a sua destruição. Muitos venenos são inibidores enzimáticos irreversíveis, como é o caso do DDT, que inibe enzimas do sistema nervoso.
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Inibição reversível – o inibidor combina-se temporariamente com a enzima, através de ligações fracas, e, quando se dissocia, a enzima permanece funcional e capaz de transformar o substrato. A inibição pode ser:
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Inibição competitiva – o inibidor é uma molécula estruturalmente semelhante ao substrato, mas resistente à acção da enzima, e que compete com o substrato pelo centro activo da enzima. O efeito da inibição sobre a velocidade da reacção depende da concentração relativa de substrato e de inibidor. Aumentando a concentração de substrato, aumenta também a probabilidade de se estabelecerem ligações entre o substrato e a enzima em vez de se estabelecerem ligações entre o inibidor e a enzima.
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Inibição não competitiva ou alostérica – o inibidor é uma molécula estruturalmente diferente do substrato e liga-se à enzima num local que não é o centro activo e se designa centro alostérico. A ligação do inibidor ao centro alostérico provoca a alteração da conformação do centro activo, de tal modo que impede a ligação do substrato. A inibição não competitiva é utilizada na regulação das vias metabólicas.
Factores que influenciam a actividade enzimática
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Dentro desse intervalo, a actividade enzimática aumenta, inicialmente, com a temperatura, dado que as colisões entre o substrato e o centro activo da enzima se tornam cada vez mais frequentes.
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A actividade enzimática é máxima à temperatura óptima.
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Acima da temperatura óptima, a actividade enzimática diminui rapidamente, uma vez que a agitação térmica dos átomos desestabiliza as ligações químicas e a conformação da molécula altera-se. A enzima sofre desnaturação, ao que corresponde uma perda de actividade biológica permanente.
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Ao contrário das temperaturas elevadas as baixas temperaturas causam a inactivação das enzimas, mas não as destroem, e a actividade é retomada para valores de temperatura mais elevados.
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A maioria das enzimas humanas tem uma temperatura óptima de actuação de 37ºC.
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As enzimas têm um pH óptimo de actuação, acima e abaixo do qual a sua actividade acaba por cessar. O pH do meio influencia a conformação do centro activo da enzima e, consequentemente, a sua interacção com o substrato. Nas enzimas humanas, o pH óptimo relaciona-se com o pH do meio em que actuam.
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O aumento da concentração de substrato é acompanhado do aumento da actividade enzimática, desde que haja enzima disponível.
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No entanto, para uma concentração fixa de enzima, a actividade enzimática aumenta com a concentração do substrato até se atingir a saturação da enzima (todos os centros activos estão ocupados) e depois a actividade enzimática estabiliza, uma vez que a taxa de formação de novas ligações ao substrato é igual à taxa de separação dos produtos.
O traçado do gráfico da velocidade de reacção em função da concentração do substrato é uma semi-parábola com a concavidade voltada para baixo.
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Para as enzimas alostéricas, mediante um aumento pouco significativo da concentração de substrato, a actividade da enzima não sofre alterações de destaque, mas, quando a quantidade de substrato aumenta, a enzima torna-se sensível, pois a ligação do substrato a algumas subunidades provoca modificações na estrutura destas, facilitando a ligação do substrato aos centros activos. Para as enzimas alostéricas o traçado é diferente, e aparece com uma forma sigmoidal (S).
A presença de inibidores diminui a actividade enzimática. Os efeitos dependem do tipo de inibição:
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Inibição irreversível – o aumento da concentração de inibidor é acompanhado pela diminuição da actividade enzimática, uma vez que os centros activos da enzima vão ficando permanentemente ocupados.
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Inibição reversível competitiva – o aumento da concentração de substrato permite aumentar a actividade enzimática, dado que cada vez mais centros activos passam a ser ocupados pelo substrato.
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Inibição reversível não competitiva – a actividade enzimática diminui com o aumento da concentração do inibidor e o aumento da concentração do substrato não tem qualquer efeito.
O Papel das Enzimas nas Vias Metabólicas
Vias Metabólicas: sequências ordenadas de reacções químicas catalizadas por enzimas, nas quais o produto de uma reacção química funciona como substrato da reacção química seguinte, até à obtenção do produto final.
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O conjunto de enzimas que cataliza os diferentes passos de uma via metabólica designa-se complexo multienzimático ou cadeia enzimática. As enzimas actuam sequencialmente, de tal modo que o produto da primeira enzima é o substrato da enzima seguinte, e assim sucessivamente.
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As vias metabólicas são, geralmente, reguladas por moléculas que se comportam como inibidores reversíveis não competitivos. Estas moléculas ligam-se a um centro alostérico da primeira enzima da via metabólica e alteram a sua conformação. O resultado dessa alteração pode ser a inibição ou a activação da enzima.
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Frequentemente, é o produto final de uma via metabólica, quando se acumula em excesso, que inibe a primeira enzima, por ligação ao centro alostérico. Quando a concentração de produto final diminui, este liberta-se do centro alostérico e a enzima retoma a actividade, fazendo aumentar de novo a concentração do produto final.
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A via metabólica é, assim, controlada por retroalimentação negativa, o que permite à célula poupar recursos não sintetizando uma substância que existe em quantidade suficiente.
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